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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A Eurábia e o avanço do islão

O mundo está a mudar, e sem se cometerem exageros xenófobos ou populistas, importa travar esta mudança que inevitavelmente levará os nossos filhos a conhecer uma sociedade radicalmente diferente daquela que nós conhecemos.

A Eurábia é uma teoria conspirativa que consiste em afirmar que em pouco mais do que algumas décadas o islamismo dominará a Europa.

Esta teoria é assente em circunstancialismos demográficos incontornáveis e irreversíveis, nomeadamente na taxa de natalidade verificada nos países europeus e nos fluxos de imigração que todos os dias engrossam o caudal de muçulmanos que chegam à Europa.

Bat Ye’or é o grande símbolo desta tese: Bat Ye’or é um pseudónimo de Gisele Littman, uma escritora, política e comentadora judia. Gisele Littman nasceu no Egipto, tem nacionalidade inglesa e sugere que a grande ofensiva islâmica que visa o estabelecimento de um grande califado em pleno território europeu nasceu ainda nos anos 70 do século passado, durante a crise do petróleo que terá levado os estados europeus a fazer cedências aos países árabes extratores, nomeadamente no que diz respeito à imigração.

Na base desta dissertação, e além dos critérios objectivos das mudanças demográficas, estão outros mais subjectivos e até populistas: O cristianismo, a base religiosa e profundamente cultural da Europa está em crise de valores e a perder fieis; A política externa europeia, detentora de interesses nos países árabes, nomeadamente no magrebe, prefere aliar-se a estes e virar costas aos Estados Unidos e a Israel; a defesa da compatibilidade da coexistência entre o islão e a cultura europeia; os sentimentos de culpa latentes causados por períodos como os das cruzadas ou do holocausto; e ainda a assunção de um certo relativismo cultural que releva para segundo plano a moral e a ética e deixa a definição do bem e do mal, do certo e do errado, sob avaliação de cada cultura, levando na prática os europeus a aceitar e tolerar comportamentos nos outros que repudia nos seus.

Manifestando-se em 2004 contra a adesão da Turquia à União Europeia, o comissário europeu holandês Frits Bolkenstein afirmou que as tendências de então o levariam à conclusão de que, num futuro próximo, os Estados Unidos permaneceriam como a única grande potência militar, que a China se tornaria num gigante económico e que a europa seria islamizada.

Vejamos o cenário que pode estar presente na mente de Bolkenstein: para que uma civilização possa sobreviver por cada 25 anos mais, é necessária registar-se uma taxa de natalidade de 2,1 filhos por casal. Na europa, a desconjunção das famílias tradicionais, a alteração do papel da mulher na sociedade e no trabalho e a falta de confiança, levam cada vez mais cidadãos a adiar o nascimento dos seus filhos e até a assumidamente negar a sua intenção de ser pais e mães. Historicamente, nunca antes nenhum povo sobreviveu com uma taxa de natalidade abaixo de 1,9 nascimentos por família. Caso esta taxa alguma vez se verifique estar abaixo de 1,3 serão precisos 80 a 100 anos para reverter a tendência sendo bem provável que esse povo não resista aos devastadores efeitos económicos que o envelhecimento da população nesta situação suscita.

Há cinco anos atrás, alguns dos principais países europeus revelavam taxas de natalidade baixíssimas: França (1,8), Inglaterra (1,6), Alemanha (1,3), Itália (1,2) e Espanha (1,1), sendo que em todos os países da União Europeia esta taxa atingia uma inquietante média de 1,52.

Não obstante esta fraca produtividade na geração de novos cidadãos, o número de habitantes na europa tem vindo a crescer a bom ritmo fruto da imigração muçulmana. Desde o início dos anos 90 este fenómeno tem sido responsável por 85% do crescimento da população. Importante será ainda acrescentar que para além dos novos habitantes que diariamente entram nas nossas fronteiras, os muçulmanos desequilibram definitivamente a balança com a sua elevada fertilidade.

Em França, como vimos, a taxa de natalidade é de 1,8, mas se analisarmos apenas a população islâmica deparamo-nos com uns surpreendentes 8,1 filhos por família (4,5 no total dos árabes na europa). Ainda segundo dados demográficos do governo francês, 15% dos jovens com menos de 20 anos é de origem muçulmana e se olharmos isoladamente para grandes cidades como Paris, Nice ou Marselha este número cresce para 45%, esperando-se que 20% do total da população seja islâmica daqui a apenas 15 anos e supere os 50% em menos de 40 anos.

Em Inglaterra, nos últimos 30 anos a comunidade muçulmana cresceu de 82 mil para 2 milhões e meio de cidadãos. Na Holanda, 50% dos recém-nascidos em todo o território é já de origem muçulmana e também neste país se espera que em apenas 15 anos a maioria da população seja de origem islâmica. A Rússia conta neste momento com um contingente de 23 milhões de muçulmanos, ou seja, 1 em cada 5 dos seus habitantes e na Bélgica, como na Holanda, metade dos nascimentos são de filhos de muçulmanos que representam já 25% do total da população abaixo dos 25 anos. O governo alemão já afirmou que é necessário desenvolver políticas que incentivem o crescimento da taxa de natalidade entre os nativos alemães, caso contrário tornar-se-ão num estado islâmico antes de 2050.

De acordo com esta evolução, em 2025, um terço dos nascimentos em toda a Europa acontecerá no seio de famílias muçulmanas e este número pode aumentar substancialmente no caso dos países da União Europeia aceitarem a Turquia como novo estado membro.

Muammar Khadafi afirmou que "há sinais de que Alá garantirá a vitória do Islão na europa sem espadas, sem armas, sem conquistas. Não precisaremos de bombistas nem de suicidas. Em poucas décadas, os mais de 50 milhões de muçulmanos na europa encarregar-se-ão de a transformar num continente islâmico”. De acordo com o instituto alemão Central Institute Islam Archive e excluindo a Turquia, em 2007 eram já 53 milhões os muçulmanos na europa representando 7,2% de toda a população europeia e 16 milhões na União Europeia, o equivalente a 3,2% dos cidadãos. Nos próximos 20 anos espera-se que este número duplique e atinja os 106 milhões em território europeu.

De resto, este cenário de crescimento do islão fora das suas fronteiras naturais atinge igualmente a américa do norte: No Canadá, a taxa de natalidade é de 1,6 e o islamismo é a religião e a cultura que mais cresce. Só entre 2001 e 2006 a população total cresceu 1,6 milhões sendo 1,2 milhões graças à imigração. A taxa de natalidade nos Estados Unidos ronda também os 1,6 e a sua população tem evoluído devido especialmente ao aumento do número dos seus muçulmanos que cresceu de 100 mil em 1970 para 9 milhões em 2009.

Em 2006, 24 organizações islâmicas reuniram-se em Chicago e documentos transcritos desse encontro mostram em detalhe a estratégia para a evangelização da europa e dos Estados Unidos através do jornalismo, da política e da educação. Em muitas localidades francesas e inglesas, o número de mesquitas já suplantou o número de igrejas e dentro de apenas 5 anos, o islamismo será a religião dominante no mundo.

O mundo está a mudar e, sem se cometerem exageros xenófobos ou populistas, importa travar esta mudança que inevitavelmente levará os nossos filhos a conhecer uma sociedade radicalmente diferente daquela que nós conhecemos. Os movimentos fascistas e de extrema direita estão perigosamente a ganhar força e dinâmica não só em países latentemente conflituosos em termos raciais como a França e em certa medida a Inglaterra, mas também em países historicamente moderados e tolerantes como a Holanda, a Áustria, a Suíça, a Finlândia ou a Suécia.

Urgem pois, tomar medidas que incentivem a natalidade e que voltem a promover o conceito de família tradicional. Urge o desenvolvimento de políticas que permitam aos casais sentirem-se seguros e suficientemente confiantes para constituírem essas famílias devolvendo-lhes a vontade e o desejo de serem pais e mães.
 

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