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quarta-feira, 17 de abril de 2013

A verdade de Bush

O risco é grave e crescente e o preço da inquietante indiferença com que a comunidade internacional olha estes regimes pode ser verdadeiramente catastrófico.

 
A 29 de Janeiro de 2002, George W. Bush referiu, no discurso sobre o estado da nação, existir um eixo do mal formado pelo Iraque, o Irão e a Coreia do Norte.

Por essa altura, Bush preparava a nação e a opinião pública mundial para o que viria acontecer em Março seguinte: a invasão do Iraque por tropas americanas sustentada nas suspeitas existentes de que o Iraque dispunha de armas de destruição maciça. As ditas armas nunca foram encontradas e as criticas à ocupação dos Estados Unidos e dos seus aliados aumentou de tom. Ainda que se possa colocar em causa a ideia de que essas armas existiam aquando da invasão, a verdade é que pelo menos antes da entrada das forças aliadas no território iraquiano elas não só existiam como foram usadas para reprimir os curdos no extremo norte do país.

Mas é em relação aos outros dois integrantes do eixo do mal que a verdade de Bush é particularmente assertiva. Os regimes de Teerão e de Pyongyang constituem hoje as duas maiores ameaças à paz mundial, reiterando nas suas provocações e ameaças sobre outros povos e nações.

Teerão, ao mesmo tempo que suporta confortavelmente o peso das sanções impostas pela diplomacia internacional, desenvolve aceleradamente o seu programa nuclear que visa erradicar o vizinho Israel do mapa. O regime dos Ayatollahs é, há muito sabido, um dos grandes patrocinadores do terrorismo internacional apoiando movimentos como o Hezbollah que contribuem fortemente para a instabilidade na região.

Pyongyang, deixa os seus cidadãos a morrer de fome enquanto investe desmesuradamente no seu programa nuclear e no reforço do seu aparelho militar. Kim Jong-Un tem estado em particular destaque nas ultimas semanas multiplicando as suas provocações aos Estados Unidos, à Coreia do Sul e ao Japão.

De facto, Estados como estes representam um eixo do mal conforme profetizou George W. Bush: aproveitam os recursos dos seus países e das suas comunidades para se armarem e para ameaçarem os seus vizinhos e os seus inimigos não revelando um mínimo de respeito pelos seus povos cada vez mais votados à pobreza.

O risco é grave e crescente e o preço da inquietante indiferença com que a comunidade internacional olha estes regimes pode ser verdadeiramente catastrófico.

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